A “Química Verde”


A IUPAC (International Union of Pure and Applied Chemistry) em setembro de 2001 durante o “Workshop on Green Chemistry Education” resolveu consagrar o nome “Green Chemistry” ou QUÍMICA VERDE, como: “A invenção, desenvolvimento e aplicação de produtos e processos químicos para reduzir ou eliminar o uso e a geração de substâncias nocivas de algum modo à saúde humana ou ao meio-ambiente”.

Outros nomes poderiam ter sido utilizados, ao invés de “Química Verde”:

Química Ecológica, Química Ambiental, Química Antipoluente, Química limpa, Química benigna, Química sustentável, sendo que qualquer um deles poderia conter sua idéia e seu espírito.

O termo “verde” vem então sendo aplicado em quase todas atividades humanas significando basicamente atividades que, de alguma forma, atendam aos ideais fundamentais da “Química Verde” aliados aos princípios da sustentabilidade nela já incorporados apesar de não estar citado na definição da IUPAC.

As atividades “verdes”

 

As atividades “verdes” são antes de tudo um conjunto de regras, uma filosofia, e como tal, podemos então dizer que algo é “verde” ou “mais verde” proporcionalmente aos quesitos ou princípios atendidos.

Infelizmente esta denominação leva à crença de que se tratam de produtos com origem em vegetais, tanto isto não é verdade que os 12 princípios da “Química Verde” foram postulados por Paul Anastas e John Warner em 1998, sendo estes Químicos especialistas em síntese química, que é a fabricação de compostos químicos em laboratório, de forma artificial.

Crenças do mercado

Como exemplo de equívoco, podemos citar que prática bastante disseminada no nosso mercado é acreditar que agregar óleo de laranja (também conhecido pelo nome d’limoneno ou mais genericamente por terpeno) torna um produto “verde” já que é extraído da casca da laranja, podemos até dizer que é “mais verde” que alguns outros, porém baseados na informação de que este solvente vegetal pode trazer conseqüências relativamente serias à saúde e meio-ambiente, principalmente às águas não devemos considerá-lo como a melhor opção, a própria presença deste volátil orgânico já contraria o princípio de evitar contaminantes do ar.

 

 

Os 12 Princípios da Química Verde, foram originalmente publicados por Paul Anastas e John Warner no livro: Green Chemistry: Theory and Practice (Oxford University Press: New York, 1998) (Química Verde: Teoria e Prática -Nova Iorque, 1998).

 

 

Paul T. Anastas

John C. Warner

 

 

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